No cenário da engenharia civil, a presença feminina é cada vez mais evidente. Agora, no mês de março, celebramos o mês das mulheres e destacamos suas contribuições e conquistas ao longo da história. Por isso, o tema de hoje: Mulheres da Construção Civil – 5 histórias para se inspirar.
Apesar dos avanços significativos nas últimas décadas, as barreiras persistem. Como reflexo, ainda é preciso enfrentar desafios como preconceito, resistência e estigmas relacionados à maternidade. Logo, é crucial reconhecer e honrar as mulheres da construção civil que desafiaram essas barreiras, tornando-se verdadeiras pioneiras na área.
Então, para ilustrar essa trajetória de superação e inspiração de mulheres da construção civil, destacamos cinco mulheres notáveis. Elas deixaram suas marcas na história da construção civil.
- Emily W. Roebling
- Enedina A. Marques
- Nora Stanton
- Lina Bo Bardi
- Deise Gravina
Então, mergulhe com a construtora Endeal Engenharia nas histórias inspiradoras dessas mulheres da construção civil. Ao fazê-lo, não apenas celebramos suas conquistas, mas também reconhecemos o papel fundamental das mulheres na construção. Aliás, também inspiramos as próximas gerações a trilharem seu próprio caminho rumo ao sucesso na indústria da construção.
Boa leitura!
Mulheres da Construção Civil que fizeram história
Como citado anteriormente, a presença de mulheres da construção civil é cada vez mais evidente. No entanto, apesar dos avanços significativos nas últimas décadas, as barreiras persistem. Portanto, após conhecer um pouco das nossas cinco mulheres da construção civil, entenda os desafios enfrentados pelas mulheres no Brasil.
Continue com a leitura!!
1. Emily Warren Roebling
Emily Warren Roebling, uma figura emblemática da engenharia entre as mulheres da construção civil, viveu entre 1843 e 1903, e seu legado perdura até os dias de hoje.
Reconhecida por sua determinação e habilidades excepcionais, Emily desafiou as normas sociais de sua época ao liderar a supervisão do projeto e construção da icônica Ponte do Brooklyn, em Nova York.
Sua história é um testemunho da resiliência feminina. Quando, obstinada, resolveu aprender os ofícios da Engenharia Civil com seu marido, ela então enfrentou as restrições impostas às mulheres na busca pelo conhecimento em engenharia em uma época em que as faculdades não as acolhiam calorosamente. Logo, Emily Warren Roebling se tornou uma pioneira na engenharia civil. Assim como um símbolo inspirador da luta das mulheres pelo acesso à educação superior.
Enedina Marques
2. Enedina Alves Marques
Enedina Alves Marques, do Paraná, foi uma pioneira entre as mulheres da construção civil na área de engenharia. Sua história inspira e mostra determinação. Enfrentou desafios acadêmicos e preconceitos, sendo a primeira mulher negra e de baixa renda a se formar no Brasil, abrindo caminho para outras mulheres.
Após graduar-se em 1945, assumiu cargos de liderança na Secretaria de Viação e Obras Públicas. Destacou-se no desenvolvimento do Plano Hidrelétrico do Paraná, incluindo o projeto da Usina Capivari-Cachoeira.
Formada pela UFPR, Enedina é reconhecida como uma das figuras mais importantes na engenharia brasileira. Sua participação no projeto da Usina Governador Pedro Viriato Parigot de Souza destaca seu impacto.
Enedina é um símbolo de coragem e perseverança. Mais do que isso, ela é fonte de inspiração para quem enfrentam desafios em busca de seus sonhos.
Nora Stanton
3. Nora Stanton
Esta é mais uma de nossas mulheres da construção civil que precisou lutar para ser a pessoa que realmente queria. Nora, que era neta da líder Elizabeth Cady Stanton, do movimento pelos direitos das mulheres do século XIX, foi a primeira mulher a ser aceita como membro da Sociedade Americana de Engenheiros Civis.
4. Lina Bo Bardi
Nossa quarta referência de mulheres da construção civil é a arquiteta modernista ítalo-brasileira; Lina idealizou o edifício do MASP, talvez o mais importante cartão postal da cidade de São Paulo. Além disso, foi dela o projeto da Casa de Vidro, que abriga hoje o Instituto Lina Bo Bardi.
5. Deise Gravina
Deise foi idealizadora do ‘Projeto Mão na Massa’, que capacitou centenas de mulheres para trabalhar com construção civil no Brasil, ampliando as oportunidades de emprego para o público feminino em nosso país.
Desafios enfrentados no Brasil pelas mulheres da construção civil
Avanços significativos foram alcançados nas últimas décadas no que diz respeito à participação das mulheres da construção civil. No entanto, o progresso ainda é lento, com barreiras veladas, processos seletivos enviesados e estigmas relacionados à maternidade que afetam as profissionais.
Então, vamos olhar um pouquinho para os desafios enfrentados por essas mulheres no Brasil?
- A Realidade Atual
Em 2022, o caso da engenheira civil Priscila Welltten Camargos e outros episódios recentes evidenciam que o preconceito de gênero persiste no campo da engenharia civil. Com apenas 19% das profissionais ativas, segundo o Conselho Federal de Engenharia e Agronomia (Confea), e obstáculos como a associação injusta entre acidentes e gênero, a participação feminina ainda é um desafio a ser superado.
- Desafios na Formação e Mercado de Trabalho
O processo lento nas escolas e no mercado contribui para a baixa representatividade das mulheres da construção civil. A migração para outras áreas, a falta de creches e banheiros femininos em canteiros de obras são exemplos de obstáculos enfrentados pelas profissionais. A diretora-presidente do IPT, Liedi Bernucci, destaca que muitas mulheres acabam optando por áreas administrativas ou financeiras, perpetuando a desigualdade.
Cinco Ações para Aumentar a Participação das mulheres da construção civil
Mulheres da Construção Civil – Ações
- Seleção Profissional às Cegas: Implementar processos seletivos onde o gênero só é revelado ao final. Isso reduziria viés e discriminação, valorizando aspectos técnicos e profissionais.
- Condições de Trabalho Adaptadas: Criar ambientes adaptados às necessidades femininas, como creches em canteiros de obras, para superar barreiras relacionadas à maternidade.
- Comissões, Comitês e Júris Mistos: Garantir a presença equitativa de homens e mulheres em seleções, concursos e eventos, proporcionando uma perspectiva mais diversificada nas decisões.
- Eventos Exclusivos e Inspiração para Crianças e Adolescentes: Promover eventos exclusivos para mulheres na construção civil, desde visitas a obras até palestras inspiradoras, para quebrar estereótipos desde cedo.
- Reprovação de Atitudes Machistas: Tolerância zero para atitudes machistas no ambiente de trabalho. As empresas devem rejeitar qualquer forma de discriminação e promover um ambiente inclusivo.
Aumentar a participação das mulheres na construção civil requer ações concretas e mudanças culturais. Ao implementar práticas como seleção às cegas, adaptação de condições de trabalho e promoção de eventos inspiradores, podemos construir um futuro mais inclusivo e diversificado para a engenharia civil brasileira. É responsabilidade de toda a sociedade trabalhar para eliminar as barreiras que impedem as mulheres de ganhar o espaço que merecem neste campo crucial.
Parabéns a todas as mulheres e especialmente às mulheres da construção civil.
Até o próximo artigo!!
FONTE: https://www.aecweb.com.br/academy/carreira/como-as-mulheres-podem-ganhar-espaco-na-engenharia-civil/23264
https://www.sienge.com.br/blog/mulheres-na-construcao-civil-dados-e-estatisticas/
https://engenharia360.com/mulheres-construcao-civil-engenheiras-arquitetas/
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